Zoreiada Profi

sexta-feira, setembro 29, 2006

The Hold Steady - Boys And Girls In America (2006)





MEU DEUS. MEU DEUS. MEU DEUS.


EU VI A LUZ.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Spoon - A Series Of Sneaks (1998)

Aqui temos um outro caso gravíssimo de subestimação. Talvez uma das grandes, digo GRANDES MESMO, bandas do underground americano nos anos 90, mas que segue na ativa até hoje (a propósito, façam de tudo para colocarem as mãos no sensacional disco que o Spoon largou no ano passado, Gimme Fiction).
O Spoon é um quarteto de Austin, Texas, praticamente um celeiro de grandes bandas, e liderada pelo esperto Britt Daniel. Series Of Sneaks é o segundo disco da banda, lançado em 1998, depois do ótima estréia Telephono. Mas em Sneaks, o pós-punk calcado em Pixies e Dinosaur Jr ganha contornos muito mais sofisticados, um requintado toque pop (que seria alçado à perfeição nos discos seguintes), mas ainda sem vergonha de chutar os pedais e mandar uma dose bem pegada de esporro nas tuas orelhas. Difícil falar mal de uma banda que só fez discos impecáveis. Digam ae o que acham e depois, de repente, boto mais algum do Spoon pro delírio da massa.

terça-feira, setembro 26, 2006

The Killers - Sam's Town (2006)

Então aqui está o que tantos queriam!! Eis aí o esperadíssimo disco novo dos Killers. Minhas expectativas com o disco estavam lá na estratosfera, com o estupendo single-aperitivo "When You Were Young", mas com o sampler vazado na semana passada, minhas expectavias caíram pro chão. No entanto, a cada audição de Sam's Town, o disco se reergue com força. Até agora, posso dizer que é um bom disco. Mas não duvido que ele possa ficar ainda melhor. Baixa ae e depois me diz o que acha.

Mastodon - Blood Mountain (2006)

Você gosta de metal? Sim? Então aqui está o melhor disco do ano, talvez o melhor disco do gênero desde o Age of Winters, do The Sword, que é do fim do ano passado. Riffs espetaculares, letras místicas, tudo embalado num especial disco-conceito. Você não gosta de metal? Então aqui está um dos melhores discos de ROCK do ano. Ritmos velozes, baterias alucinadas, guitarras violentas e andamentos surpreendentemente inventivos, capazes de provocar espasmos musculares no teu rosto, ou no mínimo, um headbanging bolado. Que indie-rock experimental que nada!! Vocais distorcidos, solos fraturados e viradas de bateria jazzísticas levadas à beira da velocidade da luz. O que mais você quer?

R.E.M. - Reckoning (1984)

Mais um clássico do R.E.M. pra alegrar a turma. Reckoning é de 1984, o disco que sucedeu o cláaaassico Murmur, contém algumas das faixas mais populares do início da carreira do quarteto de Athens, Georgia. Aqui está "So Central Rain" (aquela do "I'm SOOOOOOOORRY") e outras como "Pretty Persuasion" e "Second Guessing". Bom para quem só conhece a fase baladeira do R.E.M. saber que a trupe de Michael Stipe também fazia rock de primeira nos seus primórdios, dos melhores que os EUA teve pra mostrar nos anos 80.

Modest Mouse - This Is a Long Drive With Nothing To Think About (1996)

Clássico e "suposto" (reza a lenda que "Sad Sappy Sucker", disco de 2000, foi gravado antes desse aqui) disco de estréia do Modest Mouse, banda seminal da cena indie americana da metade dos anos 90. Nesse disco, Isaac Brock demonstram os primeiros sinais da grandeza que viria depois no essencial "The Moon And Antarctica". Canções ora atmosféricas ora esporrentas além das condições salubres, com melodias marcantes e os vocais expressivos e rasgados de Brock. Confira "Dramamine" e depois conversamos. Discaço.

terça-feira, setembro 19, 2006

The Hold Steady - Separation Sunday (2005)

Na minha humilde opinião, um dos melhores disco de 2005, só que ninguém se deu ao trabalho de ouví-lo. Por mim, podem todos tomarem bem no meio do cu. Perderam uma barbadaça. Aproveitando que o disco novo do Hold Steady está perto de sair, aqui vai mais uma chance. Hard rock de boteco, sujo e lotado de riffs matadores, sem contar as letras dilacerantes do vocalista Craig Finn, que conseguem ser ao mesmo tempo hilariantes e violentamente cruéis em sua sinceridade eu-moro-numa-boca-brava-style.
Rock para ouvir no talo, batendo o caneco de ceva na mesa, com a barba consumindo o rosto, e com uma mina de calcinha ao teu lado. Bom divertimento.

Ween - Chocolate & Cheese (1994)

Senhoras e senhores, abram alas para os porta-vozes do deus maior BOOGNISH, o Ween!! Os (supostos) irmãos Gene e Dean Ween, do alto de sua insanidade, formam a banda mais genialmente pirada da história. Sem respeito por nada e passeando por todos os estilos musicais como um elefante numa loja de cristais, os dois aniquilam todo tipo de estilo e banda que aparecer pela frente, usando seu senso de humor todo pervertido, usando drogas e mais drogas em cima do empilhamento de loucuras que era a música deles. Heróis do underground norte-americano, os Ween fez história no final dos anos 80 com suas gravações caseiras, até chamar a atenção dos selos independentes. O sucesso só aumentou a partir daí.
O que não se esperava é que, no meio disso tudo, uma gravadora grande (Warner/Elektra) fosse se interessar pela banda. Chocolate & Cheese foi o segundo disco do Ween a sair pela Warner, depois do "sucesso" de Pure Guava - que colocou a bizarra "Push The Little Daisies" no Top Ten australiano (????????) - onde os Weens mostram seu estilo-sem-estilo nenhum com toda a maestria. Começando com um rockerio estilão véio-pançudo-imitador-de-Elvis (Take Me Away), os dois não param por nada nesse mundo, com mais viradas imprevisíveis que o cérebro humano consegue suportar. Passeando pela mais safada Musak ("Tear For Eddie"), souls confirmadaços (Freedom Of 76"), trilhas de westerns italianos de baixíssima qualidade, balanços latinos de cucaracho mongolóide ("Voodoo Lady") e por outras bizarrices de humor tão negro que chega a ser azul ("Mister Would You Please Help My Pony" e "The HIV Song"). Recomendadíssimo para foder com teu cérebro.

P.S. - Capinha afudê, hein?

sexta-feira, setembro 15, 2006

The Long Winters - Putting The Days To Bed (2006)

Taí o terceiro e novo disco dos Long Winters, a "banda chamada John Roderick", compositor de mão cheia, lançado pela respeitada gravadora Barsuk, casa de caras como John Vanderslice e de onde saiu o Death Cab For Cutie. No novo disco, desesperadamente fugindo da pecha do indie rock, Roderick finca os pés no rock tradicional americano, com vocais e guitarras límpidas e dessa saudável e convencional experimentação, saem pérolas como "Pushover" e "Fire Island, AK". Um disco que é um deleite para os ouvidos do começo ao fim. Recomendado.

Division Day - Beartrap Island (2006)

Mais um disco que, se ninguém fala, acabará ficando nos bastidores do sucesso, e passa em branco sem o reconhecimento merecido. Mais uma banda da ebuliente cena de Los Angeles, California, o Division Day não tem gravadora e, contra todas as adversidades, fez de Beartrap Island, seu disco de estréia, um dos grandes álbuns do ano. Uma mistura dosada de pop psicodélico com a agressividade punk e um punhado de melodias matadoras. Confira a beleza pura da faixa-título, ou a tensão incontrolável da inacreditável "Tigers". Discaço.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Secret Machines - Now Here Is Nowhere (2004)

Taí um dos grandes discos do novo milênio. Lançado em 2004, Now Here Is Nowhere é um espetáculo de dimensões épicas. Rock espacial, pesado e pop como poucos. A faixa de abertura, "First Wave Intact", é uma das aberturas mais fodonas de todos os tempos, em seus pulverizantes nove minutos de puro rock. Só essa faixa já bastaria para recomendar Now Here Is Nowhere, mas esses texanos do Secret Machines oferecem muito mais nesse sensacional álbum. Dream pop, baterias led-zeppelininanas e um vigoroso ímpeto pop, fazem desse álbum uma grande pedida.

segunda-feira, setembro 04, 2006

The Thermals - The Body, The Blood, The Machine (2006)

Punk rápido, sujo, repleto de soul, bem-humorado e de DEUS. Sem contar que é grudento como chiclete no teu cabelo. Esse trio de não-sei-onde é escudado pela esperta e poderosa SubPop, o que sempre é um atestado de qualidade. Disco pra escutar chacoalhando o cucuruto e batendo o punho na mesa. Deus mostrou o caminho, e ele é repleto de guitarras, sexo e bebidas. Assim pregam os Thermals. Não tema o inferno, ele parece muito divertido. Amém.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Fleeting Joys - Despondent Transponder (2006)

No ano passado, o Serena-Maneesh ganhou merecido destaque pela sua sensacional leitura do shoegazing inglês, emulando a herança de bandas como Chapterhouse e My Bloody Valentine com perfeição e acrescentando alguns toques particulares e especiais na jogada. Nesse revival shoegazer de um ano para cá, apareceram mais algumas coisinhas que remetendo ao estilo, como o bom Citrus, do Asobi Seksu e o espetacular Carnavas, do Silversun Pickups, que eu não me canso de citar. Agora chegou a vez do Fleeting Joys e seu disco de estréia, o fantástico Despondent Transponder. Se os noruegueses do Serena-Maneesh foi impecável ao beber na fonte do Isn’t Anything, do MBV, o Fleeting Joys foi beber diretamente no Loveless. ISSO MESMO. Se não acredita, só bata os ouvidos em "The Breakup", a faixa de abertura, e depois nós conversamos. E se não gostar, mesmo assim espere "Lovely Crawl", pancada no melhor estilo "Only Shallow". E pensar que essa dupla vem de SACRAMENTO, EUA. Escuta ae.

Kasabian - Empire (2006)

Eis que saiu o novo e esperado disco do Kasabian. Uma banda que foi extremamente badalada em seu primeiro disco, mas que que acabou se achando mais do que deveria. Claro que o disco de estréia tinha um punhado de singles matadores, com uma mistura bem dosada entre o oba-oba de bandas como Primal Scream e Happy Mondays do início dos anos 90, e o mau-caratismo bronco do Oasis e do próprio Primal Scream do final dos anos 90. No entanto, o disco foi vítima de sua própria indulgência, principalmente em sua segunda metade.
E por falar em indulgência, Empire joga o ego desse quarteto de Leicester ainda mais para o alto. Com fixações históricas e orquestrações gigantescas somadas às já poderosas guitarras e parrudas programações eletrônicas, o segundo disco do Kasabian chega pesando toneladas. Confira o clipe da faixa-título para entender melhor o que digo. Mesmo com todo esse falatório (coisa na qual o grupo se especializou, com a polêmica figura do vocalista Tom Meighan), a nova empreitada acabou mal, com apenas algumas faixas de respeito, como a já mencionada faixa-título, com seu baixo violento e violinos cortantes. "Shoot The Runner" também é bem bacaninha, com seu embalo estilo T. Rex. Mas fica por isso mesmo. Não sobra muito pra comentar a partir daí. Claro que vale uma escutada. Mas não se anime demais. Esteja avisado.

Silversun Pickups - Pikul (2005)

Essa é a EP de estréia dos Silversun Pickups, que contém a sensacional e já clássica faixa "Kissing Families". Só essa faixa merece toda a sua atenção, pois é só UMA DAS COISAS MAIS SENSACIONAIS PRA CARALHO DOS ULTIMOS TEMPOS. No entanto, não é só isso, já que álbum ainda contém mais umas três ou quatro canções muito legais. Claro que não é um disco perfeito e maravilhoso como Carnavas, que eles lançaram esse ano e que já foi colocado aqui nesse blog. Mas um disco com uma faixa tão bacana como "Booksmart Devil", com sua linha de baixo pixianesca e uma balada arrepiante como "Creation Lake" não merece passar despercebido. Pega ae.