Zoreiada Profi

quinta-feira, junho 29, 2006

R.E.M. - Life's Rich Pageant (1984)

Clássico absoluto da fase pré-Warner do quarteto de Athens, Georgia. Life's Rich Pageant parece menor em comparação a outros grandes discos da banda, como Murmur e Automatic For The People, mas não se engane. Só por "Fall On Me" e "Cuyahoga", esse disco já merece lugar entre os melhores de todos os tempos. Mas como todo bom clássico, já dá pra sacar que essas maravilhas são só o começo.

terça-feira, junho 27, 2006

Built To Spill - There's Nothing Wrong With Love (1994)

Agora sim!!! Grande clássico e, possivelmente, o melhor disco do grupo de indie rock capitaneado por Doug Martsch, diretamente de Boise, Idaho. Esse foi o segundo álbum dos caras, e prefiro não dizer mais nada sobre essa obra-prima. Faz o favor ae, caso tu não conheça.

Tá baixando, já? Não? Por quê?

Primal Scream - Riot City Blues (2006)

Disco novo do Primal Scream e pá. Legalzinho, mas nada além disso. E olha que eu sou fã dos caras. No entanto, esse aqui tá menos bombástico e mais pop para a galera. Não que isso seja a pior das tragédias, mas não espere nada revolucionário como Screamadelica ou XTRMNTR. Vai de leve e quem sabe você se diverte mais do que eu.

segunda-feira, junho 26, 2006

Thee More Shallows - More Deep Cuts (2004)

Ok, aposto que esses aqui você nem conhece. Mas disco o seguinte: VALE A PENA. Pop rock milimetricamente calculado para ser esquizofrênico, obscuro e enlouquecido.
A mente perturbada por trás do Thee More Shallows, um cara que não me lembro o nome, um perfeccionista do caralho, levou cerca de quatro anos (e praticamente implodiu sua banda durante o processo) para fazer esse disco, que é o álbum de estréia da banda.
Belas melodias e uma atmosfera maligna. Um disco que merece ser conhecido.

Fugazi - 13 Songs (1990)

Agora, esse é dos clássicos. Disco obrigatório dos mestres do pós-punk de Washington. Disco com algumas das músicas mais urgentes e animais jamais feitas. Ian MacKaye nunca soou tão possesso quanto em faixas como "Waiting Room", um clássico incontestável. Mas não é só essa não. Tem muito mais. Confere ae.

The Dresden Dolls - Yes, Virginia (2006)

Segundo disco da dupla formada por Amanda Palmer e Brian Viglione. Melhor que o disco de estréia, Yes Virginia extrapola todos os elementos que caracterizam o som da dupla, jogando-os para a estratosfera e cometendo um som gigantesco, algo como um som de cabaré com capacidade para 50000 pessoas. Cabaré-arena, sipá. Discão.

Shout Out Louds - Howl Howl Gaff Gaff (2005)

Diretamente da Suécia (porra, de novo esses suecos), um dos discos de power pop mais vibrantes de grudentos de 2005. Para animar a vitória dos alemães, rode "100 Degrees" a todo volume. Bom proveito.

Ok

Vamo agilizar esse bagulho. Já que não ando muito a fim de ficar tagarelando sobre os discos, isso não quer dizer que eu tenha que parar de disponibilizá-los para vocês, certo? Então retomo aqui as atividades. Segura que vem o estouro da boiada!!

sexta-feira, junho 09, 2006

Husker Dü - New Day Rising (1985)

Bah, o que dizer de New Day Rising?





Que tal: ESCUTA LOGO, PORRA!!






Ah, e quem é o Husker Du? Não importa, pesquisa no Google. MAS ESCUTA LOGO, PORRA!

Figurines - Skeleton (2006)

Ok então, sexta-feira e eu de volta trazendo uns discos legais pra se curtir no fim de semana. The Figurines e uma banda sueca, que faz um indie-rock competente, com muitas influências do rock americano, como Modest Mouse e Guided By Voices. Mas ao contrário de adotar uma roupagem lo-fi, Skeleton abusa de cores e texturas. Em seus momentos inspirados, os Figurines fazem bonito ao aproximarem essas idéias de um estilo mais pop, como em "All Night". Vale a pena conferir.

quinta-feira, junho 08, 2006

Silversun Pickups - Carnavas (2006)

Ok então. Agora um disco BOM de verdade. É, calma ae. Sei que parece que cada disco que eu recomendo é a última coca-cola do deserto. O quê que eu posso fazer? Eu me empolgo. Mas não chega a ser tanta paranóia minha. Esse ano tá fantástico em termos da qualidade dos discos lançados, como até já tinha conversado com o amigão Marcelo Costa, do Scream & Yell. É uma coisa de louco. E olha que ainda estamos na metade do ano.
Enfim, aí está outro disco MARAVILHOSO. Esses são os californianos do Silversun Pickups e Carnavas é o primeiro disco desse quarteto. O grupo é americano, mas tem espírito de inglês. Texturas massivas de guitarras, vocais embebidos em efeitos e soterrados em meio à guitarras. Melodias arrepiantes e o escambau. Todo esse sabor shoegazer inglês (Lush, My Bloody Valentine) temperado com um toque lo-fi legitimamente americano. Baixe logo.

Muse - Black Holes And Revelations (2006)

Mais uma novidade caindo na minha mão. E essa aqui é bem nova mesmo. Novíssimo disco do Muse, a esperada sequência do sucesso Absolution.
Para ser sincero, nem sou muito fã do grupo do Matt Bellamy, embora o Absolution tenha uns singles bacanudos. Embora todo o falatório sobre os novos rumos tomados pela banda, esse novo disco não mostra nada de muito diferente não.
É o Muse na sua forma mais característica, com suas atmosferas espaciais, seu peso épico-operístico, suas explosões de guitarras, baulhinhos eletrônicos de toda sorte e o timbre totalmente incunfundível de Thom, digo Bellamy.
Praticamente, um Smashing Pumpkins da Inglaterra. Tanto para o bem quanto para o mal. Mas vá lá, "Starlight" é uma PUTA CANÇÃO.

Killing Joke - Hosannas In The Basement Of Hell (2006)

Mas vejam vocês. Saiu disco novo do Killing Joke, mas quase ninguém prestou atenção. Isso é no mínimo curioso, já que o grupo de Jaz Coleman fez do seu disco de retorno, "Killing Joke 2003", um dos melhores discos de rock daquele ano.
Se 2003 foi um disco de reiniciação, ajustando o som selvagem e denso do grupo em roupagns mais acessíveis, num resultado brilhante, aqui o KJ não dá mais trégua. Épicos mastodônticos e intransponíveis. Camadas montruosas de guitarra a cargo do animal Geordie e Paul Raven destroçando no baixo. E, meu deus, Jaz Coleman continua gritando que nem um condenado. Obrigatório para quem acha que gosta de sons mais pesados. Nine Inch Nails é um passeio no parque perto disso aqui.

quarta-feira, junho 07, 2006

Film School - Film School (2006)

2006 realmente é o ano em que as bandas do verdadeiro pós-punk andam acertando a mão. E, por incrível que pareça, essas bandas são americanas. E não, não se trata do Interpol.
Junto com o I Love You But I've Chosen Darkness, o Film School, de São Francisco, bebe em todas as fontes certas e faz de seu segundo disco a sua GRANDE ESTRÉIA, mesmo não sendo. Misturando ecos de The Cure, Echo & The Bunnymen, tempestades guitarrísticas shoegazers e riffs de baixo angulares e matadores, o quinteto mostra seu valor e porque é uma banda a ser acompanhada de perto.
Um disco que merece ser conferido e apreciado. O disco já foi lançado no começo de 2006, mas passou em brancas nuvens. Ok gurizada, hora de fazer justiça.

Built To Spill - You In Reverse (2006)

Ei, já escutou o disco do Built To Spill? Já? Show de bola, né? O Doug Martsch voltou com tudo, com aquelas linhas matadoras de guitarra e aquelas jams alucinantes não parecem não ter fim, porém boas de cabo a rabo. A espera valeu a pena, não valeu? Mais um grande disco de uma grande banda.

Ei, já escutou o disco do Built To Spill na versão LIMPA, sem aquelas inserções meio babacas, aquele rap esquisito que os mp3 que rolam na net posssui? Não? Tá na mão. Pode pegar.

Ei, já escutou o disco do Built To Spill? Não? Tsc tsc tsc...

The Avalanches - Since I Left You (2000)

Já fazem seis anos que os australianos do Avalanches lançaram essa pequena obra-prima. O falatório em torno desse disco acabou sendo bem maior do que seu sucesso. Muito se falou, mas pouco realmente foi escutado. Foi uma pena, já que Since I Left You é um dos discos eletrônicos mais inventivos e excitantes já feitos. Ao se aproximar violentamente da música pop orgânica, fazendo colagens alucinantes de samplers e outras coisas desconhecidas, o Avalanches criou algo que pode ser chamado de Dream Dance. Ao mesmo tempo que as batidas davam ritmo, o amálgama de influências e de climas transformam uma simples canção em mais do que um prazer. É uma experiência ímpar.
E pensar que esses caras não lançaram mais nada depois disso. Enfim, mesmo todo esse tempo depois, Since I Left You permanece um dos discos eletrônicos mais duradouros de todos os tempos. Atemporal e inesquecível.

Jason Forrest - The Unrelenting Songs Of The 1979 Post-Disco Crash (2004)

Atendendo novamente a pedidos, posto aqui o primeiro disco do demente Jason Forrest. Ele já tinha alguns discos e singles editados sob o pseudônimo de Donna Summer, mas somente em 2004 ele resolveu botar a cara na rua e lançou esse desacato em forma de disco. Tão bom quanto o Shamelessly Exciting. Bom proveito.

The Flaming Lips - Clouds Taste Metallic (1995)

Clássico do trio de Oklahoma, se bem que na época desse disco, eles eram um quarteto, contando com, além de Wayne Coyne, Michael Ivins e Steven Drozd, o cabeludo guitarrista Ronald Jones, que fazia uma baita diferença no som do grupo. Embora exista uma certa discussão quanto ao assunto, eu considero Clouds Taste Metallic o melhor disco dos Flips.
Aqui foi ponto onde o rock esporrento e psicodélico de seus fabulosos discos da primeira metade dos anos 90 começa a esbarrar na excentricidade e experimentação de seus bem-sucedidos discos posteriores. Disco fundamental para entender e até redescobrir uma das bandas mais cultuadas dos últimos tempos.

terça-feira, junho 06, 2006

Jason Forrest - Shamelessly Exciting (2005)

O que dizer de Jason Forrest? Esse DJ americano é um mago enlouquecido dos samples. Como já havia mostrado em seu disco anterior, o absurdamente genial "The Unrelenting Sounds of The 1979 Post-Disco Crash", não existem limites para sua inventividade. Usando recortes de canções consagradas, seja do The Who, Elton John, Creedence Clearwater Revival, Alice In Chains ou sei lá o quê, o cara não faz concessões. É eletrônica sim, e das mais enlouquecidas. Mas Forrest imprime um ritmo incessante e escapa vitoriosamente da assespsia e da frieza dos congêneres.
Seria algo como se a eletrônica encontrasse o rock de arena em algum momento. Tudo é mastodonticamente gigante, impressionante e imprevisível. Impossível não sacudir a cabeça e tirar o sorriso do rosto durante a audição de "Shamelessly Exciting". Realmente, é sem vergonha mesmo. Vai lá.

Chapterhouse - Whirlpool (1991)

Taí uma banda injustiçada, tanto na época em que lançou seu primeiro trabalho, quanto hoje em dia. Whirlpool é 1991, quando a onda do Shoegazer já tinha quebrado e estava sumindo. Faltou timing ao Chapterhouse, pois o disco que estava na mão deles era quase tão bom quanto o de suas bandas irmãs. Claro que não é um Loveless (nada nesse mundo é como o disco do MBV), mas o Shoegaze não fica muito melhor do que isso.
Misturando texturas sensacionais de guitarras com lindas melodias e batidas ultra-dançantes, Whirlpool tinha tudo pra ser um sucesso e fazer da banda um estouro. Canalizando as duas melhores características do pop inglês da época (o dance efevescente da Madchester e as guitarras abrasivas do Shoegaze), o quarteto de Reading fez o Shoegaze em sua forma mais empolgante. Mas de alguma forma, o disco acabou não vingando e eles foram esquecidos em algum ponto do caminho.
Então aqui é a chance de resgatar esse discaço. Vamo que vamo.

segunda-feira, junho 05, 2006

É preciso dizer

Acho que ali antes, num post passado, eu não fiz juz ao poder do disco do Forward, Russia! Sabe aqueles disco que tu não pode escutar no trabalho porque te dão vontade de tirar a camisa, arrear as calças e sair gritando pelado pelo escritório?? "Give Me A Wall" é assim, um disco absurdo de maravilhoso e eletrizante até dizer chega. Eu precisava dizer, senão eu não me perdoaria.

FORWARD, RUSSIA!

Tapes 'n Tapes - The Loon (2005 ou 2006???)




Três Palavras:


DISCO

DO

ANO





***Qual ano?? Não importa.***

Moonbabies - War On Sound (2005)

Esse duo sueco foi uma das melhores surpresas que tive no ano passado. Com apenas oito músicas em quarenta minutos, War On Sound não me pareceu tão atraente numa primeira vista. Mesmo com a sugestão de um amigo, demorei para baixar o disco. Baixado o disco, demorei para escutá-lo. Quando o escutei, só prestei atenção em uma música: "Ghost Of Love". Não sei como poderia descrever essa canção, uma sinfonia de sintetizadores enlouquecidos e uma bateria monstruosa em serviço de uma balada assustadoramente romântica. Talvez o Shoegazing mais emocionante que ouvi, desde que Loveless atingiu minhas orelhas. Ou talvez não, pode ser exagero de minha parte. Mas ei, puta merda, que canção sensacional. Depois de "Ghost Of Love", nem prestei mais atenção no álbum. Só escutava aquela.
Só no fim do ano, resolvi dar uma chance pro álbum, botei ele no mp3 e levei pra praia. BANG! MEU DEUS. Como pude ser tão idiota em não reparar? O pop perfeito de "War On Sound", a sombria cover de "Stars Of Warburton" (do Midnight Oil) e a doce e sublime "The Orange Billboard". Como pude não reparar isso? Como não vi que disco foda esse é?.
Se você não quiser escutar, sinta-se a vontade. Você está no seu direito.

Destroyer - Destroyer's Rubies (2006)

Esse era um disco que já queria postar faz tempo, mas ainda não tinha arranjado o tempo de fazer o upload dele. Mas se existem discos desse ano que são ABSOLUTAMENTE ESSENCIAIS, esse é um deles. Destroyer é Dan Bejar, cantor/compositor canadense, e Rubies é o sexto disco do sujeito. Bejar também é um dos componenentes do combo New Pornographers, uma das minhas bandas prediletas. Embora o seu trabalho solo seja bem diferente do pop dos Pornographers, em Rubies o cara consegue são tão perfeito quanto.
E não é preciso ir muito além da primeira faixa para constatar isso. Preste atenção nos nove avassaladores minutos de Rubies e depois só aprecie a passagem das outras sublimes nove canções. Certamente um dos grandes discos do ano. Até tá virando imparcialidade. Por três ano seguidos, meus discos preferidos estão vindo dos caras do New Pornographers. Isso tem que parar... eles TÊM que lançar um disco ruim. Pelo menos eu não gostei tanto do disco na Neko Case. Mas pega ae o do Bejar.

The Dismemberment Plan - Emergency & I (1999)

Ok então, retomando as atividades. Não sei se foi pelo blog mesmo que tá atraindo a atenção do pessoal, ou pelo link pro disco do Thom Yorke, mas vejo que tem bastante gente acessando esse site. Já que o povão tá gostando, é hora de atender e fazer a massa delirar. Então é segunda-feira e estou de volta com o primeiro clássico pra vocês. Não que este disco seja um clássico absoluto, daqueles que todo mundo comenta. Me pediram para postar um dos clássicos dos Stooges. Até poderia, mas sei lá, esse tu pode pedir pro teu vizinho. Agora, esse do Dismemberment Plan tu pode nem conhecer. E acredite: esse álbum é um clássico.
O Dismemberment Plan é um quarteto de Washington, celeiro de grandes bandas como Fugazi e Bad Brains. No entanto, o DB é um bicho completamente diferente. Embora em diversas vezes a banda tenha sido chamada de emo, é perceptível que o som deles atinge patamares bem mais distintos. Com dinâmicas rítmicas inacreditáveis, um caída foderosa para a acessibilidade pop, mas sem deixar os experimentalismos e esporros ocasionais de lado, Emergency & I é o exemplar mais bem acabado do rock do Dismemberment Plan.
Tente imaginar o Talking Heads encontrando o Weezer em algum lugar e talvez você possa ter uma idéia do som deles. E não se engane: esse disco aqui é essencial. Pega aí.

sexta-feira, junho 02, 2006

Bruce Springsteen - We Shall Overcome: The Seeger Sessions (2006)

Continuando com os mestres, antes de voltar para mais algumas novidades ou apresentar alguns clássicos, como estou preparando para breve. Agora, o que tenho aqui é o disco novíssimo do "The Boss". We Shall Overcome é um disco-tributo que Bruce Springsteen e sua banda fazem ao countrymen Pete Seeger, reverenciando algumas de suas obras mais famosas. Gravado em pouco tempo, mas com muito vigor, Bruce sua banda se jogam para dentro das composições, saindo da sombra de um mero álbum de regravações e transformando "We Shall Overcome" em algo realmente memorável. Um álbum consciente, honesto, reverencial e imperdível.

quinta-feira, junho 01, 2006

Sonic Youth - Rather Ripped (2006)

Mais um dos mestres. Como já havia conversado com um amigo meu, a margem de erro num disco do Sonic Youth é mínima. Numa banda de tantos discos clássicos e praticamente nenhum álbum ruim, é de se ficar pensando: como uma banda consegue ser foda. E como que eles ainda conseguem lançar discos consistentíssimos, que podem tranquilamente figurar entre os melhores de sua carreira. É assim que me sinto ao ouvir "Rather Ripped", um dos discos mais conciso e acessíveis já feitos por eles. Ainda assim, é sensacional, mantendo a identidade tão marcante do quarteto. Faixas como "Reena" e "Jam Run Free" já nasceram clássicas. Disco essencial desde já.

O Sonic Youth não erra. Ele acerta em escalas variadas.

Mission Of Burma - The Obliterati (2006)

Depois de passarem aqui pelo Brasil no festival aquele lá em Atibaia (onde tocou aqueles tal de Supergrass também), depois de terem voltado depois de vinte anos sem tocarem nem gravarem mais nada, o Mission Of Burma reaparece com "The Obliterati", o sucessor do fenomenal "OnOffOn", de 2004. O trio se mostra mais afiado do que nunca, disparando petardo atrás de petardo, sem trégua para o ouvinte, numa revolução turbulenta, movido ao punk/pós-punk americano dos anos 80. Se tu quer um disco de ROQUE MESMO, pode pegar esse que é garantido.

Danielson - Ships (2006)

É meio difícil tentar descrever o som de Ships, umas das coisas mais originais e empolgantes do ano até agora. Daniel Smith, ou Danielson Famile, ou apenas Danielson, faz um folk-rock altamente rítmico e melódico. Nada permanece estático por muito tempo. Sempre em movimento e em oscilações dramáticas sensacionais, o som do cara pode ser considerado prog, como alguns conhecidos tentaram me convencer.
Recuso-me a acreditar. Ao contrário das variações calculadas do rock progressivo, Danielson parece um pano ao vento da música. As melodias se atropelam de forma caótica, parecendo se desenhar enquanto são tocadas. E as vozes se unem em uníssonos desesperados e catárticos, como algo religioso, maior que a própria vida.
Tudo está maravilhosamente fora de controle, e desse caos sai a beleza de Ships. Tá na mão, é só pegar.

Peeping Tom - Peeping Tom (2006)

O grande disco pop do ano. Ou talvez não. Um projeto do maior artista do mundo. Ou talvez não seja bem assim. No que se refere a Mike Patton, não dá pra saber muita coisa com certeza. Talvez nada.
Peeping Tom é um projeto arquitetado por Patton há anos. Para quem não conhece, Mike Patton foi o líder do Faith No More na sua fase mais memorável, distorcendo as fronteiras do rock e do pop no início dos anos 90. Depois disso, o cara pirou cada vez mais, cometendo coisas geniais (como o trabalho no Fantomas e junto ao Dillinger Escape Plan). Peeping Tom, depois de anos de discos relativamente indigestos e intragáveis para a maioria dos gostos, mostra Patton exercitando sua veia pop, com canções super-produzidas, vocais cristalinos e bons refrãos. Um disco fantástico, com faixas imperdíveis. Destaque para a tensa "Five Seconds" e a assustadoramente fantasmagórica e massiva "Kill The DJ" - com a participação do Massive Attack (entendeu, hã?? Massiva, Massive?? Hein, hein??
Batidas hip-hop, vocais sensacionais, como só Patton sabe fazer, e uma caralhada de boas participações especiais. Confere aí.