Zoreiada Profi

quarta-feira, maio 31, 2006

Forward Russia - Give Me A Wall (2006)

Já tava lendo sobre esses caras há umas duas semanas, mas ainda não tinha me mexido pra conseguir os mp3. Mas hoje mesmo, meu amigo Charles me empurrou um mp3 dessa banda de Leeds. Foi o bastante para me fazer correr atrás de "Give Me a Wall", o disco de estréia dos ingleses. Com um tracklist bem estranho (confira o nome das músicas pra ter uma idéia), mas um som urgente e viciante, o Forward Russia é uma banda para se prestar atenção. Baita disco. Baixa aí.

Thom Yorke - The Eraser (2006)

Olha só o que caiu na minha mão. Mesmo que grande parte da gurizada mais antenada já anda baixando (ou já baixou) o disco, aí vai a minha contribuição. Também posto aqui o disco solo do Thom Yorke, The Eraser. O disco tem lançamento agendado só para julho, mas já é possível uma conferida antecipada. Ouvi por cima e deu pra ver que a verve Kid A do Thom está de volta. Bom proveito.

Update: o link anterior para o disco estava com problemas. Agora está tudo ok. Vão fundo.

sexta-feira, maio 26, 2006

I Love You But I've Chosen Darkness - Fear Is On Our Side (2006)

Atendendo a pedidos, o disco novo da banda texana, que está fazendo um barulho modesto, porém constante. Grande banda, que será descoberta e valorizada em seu devido tempo. Diferente da EP e incrivelmente melhor.
Sem muitos comentários. O lance é dar aquela zoreiada profi. Comentem depois, se quiserem. Abrass.

Baita disco, a propósito. :o)

terça-feira, maio 23, 2006

Mates Of State - Bring It Back (2006)

Um casal. A mulher no teclado e o homem na bateria. O quê, a Amanda Palmer (Dresden Dolls) resolveu eletrificar o som?? Não, não é isso. O Mates Of State já vêm de antes, formado por Kori Gardner e Jason Hammel. E sem toda a teatralidade e dramaticidade, o MoS aposta em melodias cativantes e levadas inusitadas para fazer um puro e simples power pop dançante. "Team Boo", o álbum anterior, foi um sucesso artístico da maior fineza. "Bring It Back" marca o salto da dupla para o selo independente Barsuk, de onde saíram bandas como Death Cab For Cutie. O selo mudou, mas o som continua o mesmo. Dando uma turbinada no lado melódico e emocional, Bring It Back mostra os Mates Of State em perfeita forma. Um ótimo álbum.

Neil Young - Living With War (2006)

Se existe um cara que merece todo o respeito possível no rock n' roll, esse cara é Neil Young. Não apenas pelo o que ele fez em cerca de 40 anos de carreira, o que na real já bastaria. Tantos discos clássicos, tantas canções emblemáticas, capazes de encapsularem tudo o que de mais fantástico e glorioso a música pode representar. Mas nem chega a ser por isso. Young segue a carreira, lançando discos consistentes e dignos de uma carreira brilhante. Se Are You Passionate e Greendale foram relativamente falhos (ruins, nunca), Prairie Wind mostrou Young reconhecendo sua velhice e traduzindo isso em um sentimento agridoce, que refletiu em belíssimas canções.
Agora, Living With War é um monstro. Com seus sessenta anos de idade nas costas, o véio se trancou em estúdio por duas semanas, compôs e gravou seu disco de rock mais cru e urgente em cerca de uns 15 anos, chutando traseiros como não se via há muito tempo. Young está irado e Living With War queima em revolta. Declaradamente um disco de protesto, "Living With War" transpira honestidade. Acompanhado de um naipe de metais e de um coral gigantesco, Young fez o disco-protesto que toda essa leva pseudo-consciente tentou fazer nos últimos anos e falhou miseravelmente. Pois é. Eu sabia. Eu sabia que ele ainda ia fazer mais um clássico.

segunda-feira, maio 22, 2006

The Sounds - Dying To Say This To You (2006)

Mazah, hein pessoal? Só no primeiro dia do blog, já coloquei uma porrada de discos pra vocês aproveitarem. Então continuando com a festa, aí deixo mais um.Esse segundo disco dos suecos do the Sounds foi lançado no mês passado, recebendo boa críticas. Mas ainda falta um pouco pro público receber a banda com o devido crédito. Não que eles sejam ruins. Muito pelo contrário, eles são uma usina de riffs eletrizantes e refrães pegajosos. Tente escutar as três primeiras faixas desse álbum e sair caminhando por aí. Se você não assobiar o refrão de alguma delas, poste um comentário aqui embaixo que eu posto o disco que vocês quiserem pra ser baixado. Ah, e outro detalhe. A vocalista Maja Iversson é linda pra caralho. E canta que é uma loucura. Praticamente uma Debbie Harry dos fiordes. Faça o favor. Curta essa sonzeira. E essa capa do disco, hein?? Hein??

Islands - Return To The Sea (2006)

Depois de tacar fogo em todas as convenções do pop fofinho com as loucuras do The Unicorns, Nick Diamonds e Jaime Tambeur resolveram foder com tudo mais uma vez. Dessa vez sob o nome de Islands, os dois fizeram mais um disco inacreditável, misturando riffs parrudos de guitarras, instrumentações inusitadas, toques eletrônicos, rappers genialmente deslocados e todo outro tipo de ultraje. Com certeza um dos melhores discos do ano. Sacumé, hein? Clica ali na foto.

I Love You But I've Chosen Darkness EP (2003)

Ok, pra galera que já antenada, provavelmente "Fear Is On Our Side", o LP de estréia do I Love You But I've Chosen Darkness, lançado agora em 2006, já estja bombando nos seus Winamps. Então aqui aproveito para deixar a EP inicial da banda, lançada em 2003.
Outra banda sitiada em Austin, no Texas. Daí é pro cara ficar maluco e pensar alguma de forma de ir pra lá. Contem comigo: Trail Of Dead, Explosions In The Sky, umas quantas outras, The Sword e essa ae. Austin é massa, por certo.
Vejam como a banda mudou nesses três anos entre uma gravação e outra, mas como ela ainda soa fantástica. Se no álbum novo ela ganhou pontos e pontos por sua densidade, nesse primeiro esforço, ela era uma máquina de ritmos e dinâmicas matadoras. Clica na foto ae.

Se quiserem o "Fear Is On Our Side", dêem um grito.

Gnarls Barkley - St. Elsewhere (2006)


É isso mesmo, gambazada. Aí tá O DISCO POP de 2006. Aquele disco, com aquele single, com aquele cantor e com aquelas batidonas. Quem ficou deboca aberta com o soulzaço retrô-futurista "Crazy", pode ficar tranquilo. "St. Elsewhere" é capaz de muito mais. Danger Mouse é sem noção, um maldito rei Midas das botonetas e Cee-Lo é uma máquina movida a falsetos aditivados. Mete gospel, funk, soul, rock, drum n' bass. Imagina tudo isso misturado da forma mais inspirada possível e capaz de fazer até tua avó mexer as cadeiras. Irremediavelmente freak, mas assustadoramente grudento. Se tiver fôlego até o fim do ano, teremos Gnarls Barkley bombando no verão 2007. "Gone Daddy Gone", cover do Violent Femmes, pode ser a "Hey Ya" desse ano. Mas é isso. Chega de babação de ovo. Clica na foto, veínho.

Sunset Rubdown - Shut Up I Am Dreaming (2006)

Aí o disco de mais um projeto paralelo de Spencer Krug, um dos cabeças do Wolf Parade e mente transtornada por trás do Frog Eyes. Não chega a ser tão bom quanto os trabalhos dos outros dois projetos do sujeito, mas vale uma conferida. Principalmente a primeira faixa, "Stadiums And Shrines".

lml

Essa é pra galera irada do metau. Se agora a nova modinha dos indies de plantão é fazer chifres com o indicador e o mindinho, tenho aqui as duas pedidas para a massa enfurecida. Uma delas já ta ficando bastante conhecida, e a outra tá implorando por orelhas cálidas e macias de twee pop, prontas para serem estupradas por pratos cortantes, baterias tribais e riffs espiralados embebidos em efeitos cavalares de distorção.

Primeiro temos os australianos do Wolfmother, hypados pelas publicações que gostam de fazer essas coisas. O som dos caras é bom, mais um que vai na onda revivalista do hard rock setentista (Darkness, Jet), só que com um punch extra. Sem a fanfarronice e o humor do Darkness, muito menos a pica frouxa do Jet, os caras emulam de forma muito competente o proto-metal do Black Sabbath, com riffs lentos e massivos, sem contar que o vocal da banda é total Ozzy Osbourne. Enfim, um bom disco, que merece um download. Clica na capa do disco aí embaixo e te serve.



Aí embaixo da capa do disco do Wolfmother, está o disco de estréia do The Sword, Age Of Winters. Clica na foto pra baixar. O The Sword é americano, mais precisamente de Austin, Texas. Realmente não sei o que tem na água desse lugar, já que sai tanta banda afudê de lá, mas enfim. O The Sword anda mais na miúda, ainda independente, ao contrário do Wolfmother, que caiu nos braços de uma multinacional. Aí é que ta a pegada. O The Sword é metaleiro mesmo, ao contrário dos australianos, que usam do som pra fazer algo mais pegado. Age Of Winters é carregado de referências mitológicas e medievais, letras místicas e tudo o mais.
Mas o som, veínho. O SOM. Por mais legal que o Wolfmother seja, eles teriam que morrer e reencarnarem umas três vezes para atingir o grau de grandeza do The Sword. Também calcado nas cordas da guitarra de Tony Iommi, eles fazem a ligação final entre o rock lento e parrudo do Sabbath e a viscosidade e sujeira descomunal dos grunges e stoners dos anos 90. é impossível não se lembrar do Kyuss, banda seminal dos anos 90, que era liderada por Josh Homme, atual líder dos Queens Of The Stone Age. Ok, chega de conversa. Pega o disco e depois me agradeça. Sobreviva aos riffs nervosos e eletrizantes de Freya e depois conversamos.

Beirut - Gulag Orkestar (2006)

Não consigo encontrar palavras para descrever o som desse artista. Fortemente inspirado pelas músicas tradicionais dos Balcãs, o jovem Zach Condron, trouxe todas essas influências para Nova Iorque e as canalizou através de doses de indie-folk a la Magnetic Fields e Neutral Milk Hotel, usando todo tipo de instrumentação possível, e saiu com um dos melhores discos do ano. Impressionante para um piá no seu disco de estréia. Coloquei Gulag Orkestar no rapidshare pra galera. Clique na foto, baixe o disco e se delicie.

Ok.

Agora resolvi criar um blog específico para fazer o serviço de utilidade pública mesmo. Aquele meu outro blog tem um valor pessoal e achei melhor não misturar as coisas. Agora, para quem tiver o interesse de saber o que tá aparecendo de som legal e quiser baixar isso sem embaço, aí está o Zoreiada Profi. Então, chega de lenga lenga e vamos aos trabalhos.